Abstract
Introdução: O câncer de pulmão pode ser suspeito porque o paciente tem sintomas sugestivos de câncer (por exemplo, hemoptise para tosse, dispneia, perda de peso) ou uma anormalidade foi encontrada incidentalmente (por exemplo, tomografia computadorizada de tórax [TC] obtida em um paciente assintomático por outro motivo) ou por triagem de câncer de pulmão. Durante a avaliação clínica, mantemos um alto índice de suspeita de doença nodal ou metastática. Em pacientes com suspeita de câncer de pulmão, geralmente obtemos um hemograma completo, eletrólitos, cálcio, fosfatase alcalina, alanina aminotransferase, creatinina e albumina. Objetivos: discutir avaliação inicial, diagnóstico e estadiamento de pacientes com câncer de pulmão. Metodologia: Revisão de literatura integrativa a partir de bases científicas de dados da Scielo, da PubMed e da BVS, no período de janeiro a abril de 2024, com os descritores "Assessment", "Staging" AND "Suspected Lung Cancer”. Incluíram-se artigos de 2014-2024 (total 93), com exclusão de outros critérios e escolha de 05 artigos na íntegra. Resultados e Discussão: A abordagem de imagem para pacientes com suspeita de câncer de pulmão varia de centro para centro. Abordagens aceitáveis devem estabelecer o estágio radiológico mais alto e identificar o local ideal da biópsia. Uma vez que a imagem esteja completa, procedemos à escolha de um local de biópsia ideal ou abordagem cirúrgica. Todo paciente com suspeita de câncer de pulmão deve fazer uma TC de tórax com contraste. A TC de tórax fornece informações preliminares úteis sobre o estágio de metástases linfonodais do tumor (TNM), condições pulmonares associadas e potenciais alvos de biópsia. Há 2 tipos de abordagem: imagem abrangente ou direcionada clinicamente. Imagem abrangente usa tomografia/TC de emissão de pósitron F18-fluorodesoxiglicose de corpo inteiro (FDG PET/CT) com ou sem ressonância magnética cerebral (RM) para determinar o estágio radiográfico mais provável e o local ideal da biópsia. Essa abordagem é apoiada pela capacidade superior da PET/CT de detectar doenças ocultas em comparação com a modalidade sozinha e dados conflitantes que sugeriram uma possível redução em toracotomias potencialmente evitáveis pela detecção da doença em estágio IV oculto. As limitações do PET ou PET/CT são a taxa de falso positivo relativamente alta, a falta de critérios padronizados sobre o que constitui um resultado positivo, a baixa sensibilidade para a detecção de metástases cerebrais, a necessidade de confirmação na amostragem de tecido e questões relacionadas ao custo de terceiros pagadores terceirizados. Já a abordagem clinicamente direcionada, envolve o uso da TC torácica e da avaliação clínica para determinar se imagens adicionais precisam ser realizadas para determinar possíveis locais de metástases. As vantagens dessa abordagem incluem a minimização de testes de baixo valor. As limitações incluem a baixa sensibilidade da TC de tórax para a detecção de metástases dos gânglios linfáticos, a necessidade de confirmação de amostragem de tecido e potencial para doença oculta ausente. Um diagnóstico de câncer de pulmão é feito com base na avaliação patológica de amostras citológicas (por exemplo, fluido pleural) ou histopatológicas (por exemplo, biópsia de tecido). Deve-se considerar a obtenção de uma amostra grande o suficiente para permitir a análise imuno-histoquímica suplementar (IHC) e genética. Adenocarcinoma, carcinoma escamoso, carcinoma adenoescamoso e carcinoma de grandes células são os quatro principais subtipos histológicos de câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC). A principal entidade no diagnóstico diferencial do NSCLC é o câncer de pulmão de pequenas células (SCLC). Embora as características clínicas e de imagem possam ajudar o clínico a distinguir o NSCLC do SCLC, as características histopatológicas e os marcadores de IHC são necessários para fazer essa distinção. Conclusão: O câncer de pulmão pode ser suspeito porque o paciente tem sintomas sugestivos de câncer (por exemplo, hemoptise para tosse, dispneia, perda de peso) ou uma anormalidade foi encontrada incidentalmente (por exemplo, tomografia computadorizada de tórax [TC] obtida em um paciente assintomático por outro motivo) ou por triagem de câncer de pulmão. Durante a avaliação clínica, mantemos um alto índice de suspeita de doença nodal ou metastática.
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