Abstract

A análise de qualquer cenário que discuta a situação da mulher no Brasil necessita partir, e ser direcionada, pela sistêmica e estrutural situação de violência de gênero no país. Desde as definições naturalizantes que recaem sobre as mulheres, até a exclusão dos espaços de poder e decisão, o que se tem é a subalternização feminina de forma física, psicológica, patrimonial, normativa e intelectual. São as premissas de inferioridade e passividade feminina que norteiam as condutas violentas, buscando reforçar a pretensa e ontológica superioridade masculina. Isso se desdobra em práticas concretas que atentam contra a integridade intelectual de mulheres e estabelece um verdadeiro ciclo vicioso de sub-representatividade política, e, consequentemente, de manutenção desse status social. Pensar de maneira séria esses expedientes e condutas socialmente colocadas torna-se fundamental para que ações e políticas públicas eficientes sejam pensadas e implementadas, de modo a alterar essa realidade normativa, institucional e cultural.

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