Abstract
Enquadramento: a violência doméstica é um problema de saúde pública. O enfermeiro de família, enquanto contacto privilegiado com mulheres e famílias, pode desempenhar um papel relevante na abordagem à mulher vítima de violência. Objetivo: identificar os conhecimentos, atitudes e barreiras dos enfermeiros de família na abordagem às mulheres vítimas de violência doméstica. Metodologia: desenho quantitativo, exploratório, descritivo e transversal, numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por cinquenta enfermeiros de família. O instrumento de recolha de dados foi um questionário de autopreenchimento. No tratamento recorreu-se aos aplicativos QDA Miner 4 Lite e IBM SPSS Statistic, versão 21.0. Resultados: dos participantes, 78% refere não ter tido formação sobre violência doméstica. Evidenciam falta de conhecimento, reconhecendo, no entanto, que a identificação e encaminhamento das vítimas é responsabilidade dos profissionais de saúde. Apontam como principais barreiras a falta de protocolos de atuação e de regulamentação que legitime a sua intervenção e, em menor percentagem, a falta de conhecimento/formação para a abordagem à vítima. Conclusão: torna-se assim necessário dimensionar as necessidades ao nível da formação pré e pós-graduada, infundindo nos currículos esta temática e capacitando assim atuais e futuros profissionais na abordagem à mulher vítima de violência doméstica.
Highlights
RESUMEN Marco Contextual: la violencia doméstica es un problema de salud pública
O enfermeiro de família “assume a responsabilidade pela prestação de cuidados de enfermagem globais a famílias, em todas as fases da vida e em todos os contextos da comunidade” (Decreto Lei n.o 118/2014, de 5 de agosto, p. 4070), podendo desempenhar um papel relevante, na abordagem mulher vítima de violência doméstica
ENQUADRAMENTO/FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A violência contra a mulher é reconhecida pela OMS como um grave problema mundial e uma questão de saúde pública (World Health Organization [WHO], 2017)
Summary
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA AS MULHERES: CONHECIMENTOS, ATITUDES E BARREIRAS DO ENFERMEIRO DE FAMÍLIA. Objetivo: identificar os conhecimentos, atitudes e barreiras dos enfermeiros de família na abordagem às mulheres vítimas de violência doméstica. Resultados: dos participantes, 78% refere não ter tido formação sobre violência doméstica. Evidenciam falta de conhecimento, reconhecendo, no entanto, que a identificação e encaminhamento das vítimas é responsabilidade dos profissionais de saúde. Apontam como principais barreiras a falta de protocolos de atuação e de regulamentação que legitime a sua intervenção e, em menor percentagem, a falta de conhecimento/formação para a abordagem à vítima. Conclusão: torna-se assim necessário dimensionar as necessidades ao nível da formação pré e pós-graduada, infundindo nos currículos esta temática e capacitando assim atuais e futuros profissionais na abordagem à mulher vítima de violência doméstica. Palavras-chave: violência doméstica; enfermeiro de família; conhecimentos; atitude. ****PhD, Professora Adjunta da Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa/ CINTESIS https://orcid.org/0000-0002-8919-0378
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