Abstract

Através de um survey com fãs brasileiros de séries televisivas americanas (n=1805), buscamos lançar luz sobre a prática do spoiling. Sabendo que a prática realizada pelos fãs é constituída por discursos enraizados no capital cultural e subcultural e, em negociações de poder dentro de cada comunidade, procuramos entender o espectro de toxicidade por trás do spoiling. Os resultados indicam que o spoiling tornou-se uma fonte de sociabilidade, troca de conhecimento, bem como prazer para o fã brasileiro. Porém, a prática também é utilizada por vingança ou até mesmo para "punir" espectadores atrasados. Observou-se que os fãs se aproveitam da possibilidade de mostrar mais conhecimento entre si, levando a conflitos nos fandoms e revelando o potencial tóxico por trás da difusão de spoilers.

Highlights

  • (n = 1,805), we seek to shed some light on the practice of spoiling

  • It was observed that fans take advantage of showing more knowledge among each other, culminating in conflict in the fandoms and revealing the toxic potential behind the circulation of spoilers

  • A questão tornou-se mais complexa com o surgimento das redes sociais que permitem que os fãs se agrupem coletivamente e compartilhem informações on-line sem restrições ou limitações

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Summary

Práticas não tóxicas

Em outros casos os respondentes alegaram que spoilers fazem parte da conversa sobre ficção seriada televisiva como na fala de Luiza: “Pois quero conversar sobre a série e não dá pra discutir certos assuntos sobre as mesmas sem fornecer spoilers” (mulher, 20 anos). Informativo A categoria “Informativo” (n = 69) abarca as respostas que indicaram na prática do spoiling a funcionalidade de informar e transmitir informação sobre alguma determinada produção para outros indivíduos, como pode ser observado na fala de Tiago: “Eu normalmente dou spoiler sobre algum acontecimento da série para aumentar a curiosidade da pessoa sobre a série. Outros respondentes afirmaram não se importar com o paratexto e, por este motivo, assumirem que outros também não se importam como na fala de Pedro: “Geralmente as pessoas não se importam tanto com isso, assim como eu, então não faço questão de dar assim como não faço questão de não dar” (homem, 21 anos)

Práticas tóxicas
Considerações finais
Sobre os autores
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