Abstract

Esse artigo trata de escritos sobre arte, particularmente do gênero "vidas de artistas" e seu papel na formação dos ambientes artísticos em Lisboa e no Rio de Janeiro. Como em sua origem, na Itália do século XVI, as "vidas de artistas" estiveram articuladas à instituição de Academias e tiveram um papel de relevo na elevação dos artistas como grupo social, o que foi possível com a concomitante elevação das artes do desenho à condição de artes liberais. Essa mudança de estatuto dependeu sempre de uma dupla articulação discursiva. Por um lado, aquela que na perspectiva biográfica individualiza o artista e, por meio do elogio, confere a ele a nobreza do mérito; por outro, aquela que o inscreve na tradição da cidade ou, mais tarde, nas tradições nacionais, dando à sua arte uma perspectiva histórica, que mescla seus feitos com os feitos da cidade em armas, letras, ciências e outras virtudes.

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