Abstract

O objetivo deste trabalho é analisar, em perspectiva classista, o Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre, movimentos de cunho liberal e conservador que ganharam expressão no contexto brasileiro do golpe parlamentar que destituiu a presidente Dilma Rousseff do Partido dos Trabalhadores (PT). Como o marxismo tem privilegiado a análise dos movimentos relacionados ao trabalho e à reprodução da força de trabalho, o exame de grupos com bandeiras liberais e conservadoras deixa uma lacuna na análise dos movimentos sociais. A partir da análise de uma conjuntura específica, buscamos sustentar nossa hipótese que consiste na possibilidade de frações das classes médias se organizarem em movimentos-apoio para a defesa de seus interesses particulares e/ou em apoio às frações hegemônicas no interior do bloco no poder.

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