Abstract
Em uma época de constantes mudanças, inclusive de tradições intelectuais, Macunaíma remontava a visão de homem, de herói e de língua no período modernista, promovendo uma ruptura do tradicionalismo nas manifestações da inteligência artística brasileira. Em busca de liberdade de expressão e criação, a obra, que versa sobre a realidade nacional e valorização da cultura popular, precipuamente da fala popular, reconstrói significados e instiga revisões autocríticas sobre a língua genuinamente brasileira. Neste artigo, busca-se evidenciar a visão de língua proposta pelos autores modernos, principalmente Mário de Andrade. À vista disso, os postulados da Sociolinguística são empregados para analisar as representações dos fenômenos linguísticos estigmatizados destacados na obra, ao elucidar o uso recorrente de termos da variedade não padrão, explicando como cada fenômeno linguístico ocorre e o quanto esses processos estão correlatos à atualidade.
Highlights
In a time of constant change, even of intellectual traditions, Macunaíma traced the ideas of man, hero and language in the modern period, promoting a break with traditionalism in Brazilian artistic intelligence manifestations
Partindo-se do princípio de que a língua é viva e está sempre se modificando, é perceptível que essas mudanças não se referem somente à intervenção de outros povos, mas a vários outros aspectos como: neologismos, gírias e a tecnologia que influencia a linguagem, principalmente na internet
E sobre essa questão Bagno reitera que: Esse mito é muito prejudicial à educação porque, ao não reconhecer a verdadeira diversidade do português falado no Brasil, a escola tenta impor sua norma linguística como se ela fosse, de fato, a língua comum a todos os 160 milhões de brasileiros, independentemente de sua idade, de sua origem geográfica, de sua situação socioeconômica, de seu grau de escolarização, etc. (BAGNO, 2007, p. 15)
Summary
Sabe-se que a língua portuguesa e as línguas em geral não dispõem de restrições, ou seja, não estão fechadas em si mesmas como se fossem um sistema homogêneo. E sobre essa questão Bagno reitera que: Esse mito é muito prejudicial à educação porque, ao não reconhecer a verdadeira diversidade do português falado no Brasil, a escola tenta impor sua norma linguística como se ela fosse, de fato, a língua comum a todos os 160 milhões de brasileiros, independentemente de sua idade, de sua origem geográfica, de sua situação socioeconômica, de seu grau de escolarização, etc. A realidade linguística marcada pela diversidade, conforme nos referimos, já é reconhecida em alguns documentos legais da educação como a Base Nacional Comum Curricular, que no eixo de Língua Portuguesa estabelece os objetivos a serem alcançados pelos alunos dessa disciplina, nas diferentes etapas de ensino: Conhecer algumas das variedades linguísticas do português do Brasil e suas diferenças fonológicas, prosódicas, lexicais e sintáticas, avaliando seus efeitos semânticos. A Sociolinguística trabalha, nesse sentido, um conceito de variação que possui uma heterogeneidade ordenada, ou seja, a variação é estruturada e muito bem organizada, ocorrendo de forma não aleatória
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