Uso do ácido 2-cloroetilfosfônico no desverdecimento pós-colheita de laranjas Salustiana e Lima Sorocaba

Abstract

Em regiões tropicais, os frutos cítricos mesmo quando maduros internamente, podem apresentar o epicarpo verde, o que os tornam menos atrativos para o consumo. Como forma de acessar mercados mais exigentes, faz-se necessária a melhoria da atratividade externa dos frutos por meio do desverdecimento. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o uso de diferentes concentrações e tempos de imersão em ácido 2-cloroetilfosfônico (ethephon) sobre o desverdecimento das laranjas Salustiana e Lima Sorocaba (Citrus sinensis (L.) Osbeck). Os tratamentos foram aplicados através da imersão dos frutos em solução contendo ethephon. Logo em seguida, eles foram armazenados sob temperatura e umidade relativa do ar constantes, em câmaras. As avaliações foram feitas pela cor da epiderme e a perda de massa dos frutos. Os frutos da Salustiana foram avaliados aos três, seis e 12 dias de armazenamento e os da Lima Sorocaba aos cinco, nove e 13 dias. A concentração de 0,5 g L-1 de ethephon foi suficiente para causar o desverdecimento dos frutos das duas cultivares. Para a laranja Salustiana, aos seis dias após a aplicação foi possível observar incremento de cor desejável e para a laranja Lima Sorocaba o mesmo ocorreu aos sete dias. O tempo de imersão de três minutos foi o que apresentou melhor efeito de desverdecimento. Com estes tratamentos, foi possível melhorar a qualidade visual dos frutos. Portanto, houve agregação de valor ao produto, o que permite impulsionar as vendas no mercado.