Abstract

A partir da análise de dados coletados em pesquisa etnográfica realizada no Rio Grande do Sul entre 2011 e 2012, bem como a utilização de outros artefatos culturais midiáticos, o presente artigo aborda o uso de roupas esportivas por jogadoras de futebol no Brasil. Ao longo do artigo, interrogar-se-á de que forma os uniformes esportivos de mulheres no futebol suscitam dilemas relacionados à atratividade e à praticidade do vestuário, bem como pretende-se entender como o uniforme influencia nas distinções presentes entre “patricinhas” e “humildes”, categorias êmicas que revelam não apenas diferenças de classe, mas também de raça/etnia, principalmente no futebol porto-alegrense. Para abordar as questões de gênero no esporte, tem-se como referencial o trabalho da brasileira Silvana Goellner. Em relação às questões de gênero e pós-colonialidade, a australiana Raewyn Connell. Para abordar raça/etnia, as estadunidenses bell hooks e Kimberlé Crenshaw. Conclui-se que o vestuário serve como forma de expressão que sofre influência de parâmetros ligados ao consumo, do qual estão ainda excluídos alguns grupos sociais, como o das “humildes” no futebol de mulheres porto-alegrense.

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