Abstract

Em meio à vasta possibilidade de ser evidenciadas no universo gay, uma comunidade, em especial, chama a atenção: Bears ou Ursos. Oriunda dos anos 1980, na cidade de São Francisco (Califórnia), esta comunidade tem como característica mais forte a ressignificação, com consequente valorização da gordura corporal, dos pelos e da homossexualidade masculina a partir de um estilo de vida hipermasculino (Domingos, 2010; Hennen, 2008). A reivindicação daquela que seria a imagem do “macho rústico original” vem acompanhada do consumo de artefatos de moda específicos, que os proporciona uma imagem “heterossexual” e uma circulação em espaços gays ou heteronormativos. Por meio do uso da etnografia e entrevista compreensiva, associadas à uma ampla investigação bibliográfica, com posterior análise de conteúdo, e tendo a cidade do Recife-PE como marco geográfico de estudo, foi possível chegar ao conceito de transitabilidade; à relação de causalidade entre a processos de identificação ursina e às violências de ordem física e simbólica sofridas pelos entrevistados ainda na infância; aos processos rituais de consumo e fruição de artefatos de moda e à ansiedade/medo do escrutínio de seus pares quando da escolha de uma peça “errada” para eventos ursinos.

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