Abstract

La Diócesis de Tui, organizada en el siglo VI, fue desarticulada por el impacto de la llegada de los musulmanes en el siglo VIII. A mediados del siglo IX fue restaurada, pero los obispos tudenses siguieron residiendo en otras sedes. A principios del siglo XI, Tui fue objetivo de incursiones normandas. La ciudad fue destruida y su prelado hecho prisionero. Así, la diócesis se asimiló a la de Lugo y posteriormente a Iria-Santiago, una situación que se prolongó hasta alrededor de 1071. Sólo a finales del siglo XI el obispado tudense fue definitivamente restaurado y se estableció el señorio episcopal. En el siglo siguiente, con la formación del reino portugués, se transformó en una diócesis de frontera. Esta ubicación contribuyó al enriquecimiento del episcopado, que recibió donaciones y privilegios de la nobleza portuguesa y castellano-leonesa. Sin embargo, no había, hasta principios del siglo XIII, un santo directamente vinculado a la historia de la iglesia tudense. A mediados de la década de 1240, el dominicano Pedro González murió y fue enterrado en la catedral de Tui. Según mi hipótesis, él se habría convertido en el candidato ideal para ser el patrono del episcopado. El propósito de este artículo es discutir esta hipótesis.

Highlights

  • [en] A Frontier Diocese in Search of a Patron Saint: the Promotion of the Cult to Pedro González in Tui in the 13th century

  • In the middle of the ninth century it has been restored, but the tudenses bishops continued to reside in other sees

  • In the early eleventh century, Tui was the target of Norman incursions

Read more

Summary

Introdução

Em seu estudo Hagiologia y Sociedad en la España Medieval. Castilla y León (Siglos XIXIII), Pérez-Embid Wamba demonstra que, sobretudo durante os séculos XI e XII, mosteiros e episcopados associaram a sua trajetória a santos patronos respaldados em eventos históricos, recriados ou inventados. Unindo a perspectiva de Pérez-Embid Wamba à reflexão de diversos especialistas no estudo da santidade e hagiografia medievais, como André Vauchez, Sofia Boesch Gajano, e Michael Goodich, para só citar alguns nomes, parto da premissa que a promoção da veneração aos santos pelas instituições eclesiais –mosteiros, institutos religiosos, cabidos, sés episcopais, arcebispados, etc.–, durante o medievo, foi impulsionada por diversos fatores, além dos estritamente devocionais. Ademais da disputa pelo domínio do espaço, estudada por Pérez-Embid Wamba, sublinho a relação entre os santos patronos e a atração por peregrinos e ofertas; a difusão de valores e modelos de comportamento, e, o que nos interessa especialmente neste artigo, a legitimação e o reforço da autoridade dos clérigos locais. Ainda que possa ser identificada como uma tendência geral durante a chamada Idade Média Central, revestiu-se de aspectos particulares relacionados à conjuntura vivida por cada organização específica e seu entorno. Não encontrei nenhum trabalho que articulasse esta promoção à produção de três monumentos textuais, tema que irei abordar neste artigo

A diocese de Tui: alguns apontamentos sobre a sua trajetória histórica
Pedro González e os documentos relacionados ao seu culto
A Catedral de Tui como promotora do culto a Pedro González
Conclusões
Referências bibliográficas
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.