Abstract

Este artigo apresenta uma leitura da história inerente ao romance A cidade e as serras, de Eça de Queirós. Para isso, levaram-se em conta os procedimentos narrativos escolhidos pelo autor para compor seu livro e os indícios apresentados nos discursos de alguns personagens, buscando sempre entender quais elementos do pensamento histórico daquele período estavam elencados na produção do texto e como podiam nos ajudar a entender o sentido do romance. Diante de uma construção pouco positivista da História, pudemos apontar um posicionamento pautado por certa relativização da construção do discurso histórico, pois alguns procedimentos apontam para uma reflexão sobre a ideologia e a interpretação do passado centrado no homem.

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