Abstract
Este ensaio objetiva problematizar o movimento Escola Sem Partido (ESP) e seus atravessamentos, como gerador de efeitos, junto aos currículos escolares. Como movimento social, o ESP atua nos domínios da escola e do currículo implementando uma pedagogia cultural e estratégias biopolíticas que excluem as diferenças nesses contextos. Trata-se de uma estratégia de vigilância, coerção e proibição que nega certas discussões e posicionamentos na escola. O movimento tem ganhado espaço em projetos de leis que intensificam essa vigilância por sobre os educadores e alunos. Destacamos alguns enunciados discursivos do movimento que discutem a sua insurgência em meio às políticas nacionais; como ele se caracteriza em um dispositivo constitutivo e gerador de efeitos por sobre as identidades escolares; como cria um fluxo discursivo que poderá atravessar modos de ver e pensar a educação, a docência, os alunos, o posicionamento dos pais para com a escola e as identidades dentro desse território.
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