Abstract

Vivemos um momento de pandemia, a do coronavírus (Covid 19), e, ao mesmo tempo, um momento de grande perplexidade perante às alternativas que são colocadas para o seu enfrentamento, no qual o eixo condutor está sempre centrado nas preocupações com a reprodução do capital e com o mercado. Junto a isso, vivemos em um cenário de irracionalismo crescente em que discursos que desvalorizam o conhecimento científico são cada vez mais frequentes dentro e fora do ambiente acadêmico. Diante desse panorama, este artigo tem como objetivo fazer uma análise, a partir do materialismo histórico dialético, do cenário da pós-verdade e das implicações da relativização do conhecimento científico para o ensino de ciências. Para isso, resgatamos a categoria trabalho do materialismo histórico dialético e fazemos uma discussão sobre a prática como critério de verdade dentro do marxismo, mostrando como essas categorias podem nos ajudar a entender o contexto atual. Por fim, defendemos que neste cenário de crise estrutural do capital e irracionalismo, o ensino de ciências não pode se furtar de defender a verdade e disputar a concepção de mundo dos estudantes em sala de aula, de modo a apontar para uma outra sociedade não regida pela mercadoria.

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