Abstract
O objetivo deste artigo é evidenciar a dimensão social e analisar as características socioeconômicas e produtivas dos agricultores familiares pobres, classificados segundo as regras do PRONAF Grupo B, no estado do Rio Grande do Sul (RS). Em termos teórico-metodológicos, recorreu-se a abordagem das capacitações de Amartya Sen e ao approach de Frank Ellis para reunir os elementos conceituais necessários ao entendimento das “múltiplas carências produtivas” deste grupo específico de agricultores. Os dados utilizados para fundamentar a análise são oriundos de tabulações especiais do Censo Agropecuário 2006, do IBGE. A pesquisa mostra que os estabelecimentos agropecuários de baixa renda enquadráveis no Grupo B do PRONAF estão presentes em todas as microrregiões do RS, chegando a englobar metade dos agricultores familiares em algumas áreas e aproximadamente 30% do segmento no estado. Os resultados da investigação também apontam para a grande vulnerabilidade social destes produtores gaúchos em várias dimensões dos seus meios de vida (dotações de capital natural, físico, humano, social e financeiro), demonstrando que há necessidade de melhorias quantitativas e qualitativas em sua plataforma de ativos (acesso a terra, água, financiamentos e tecnologias), bem como em suas capacitações básicas (educação formal e nível de organização social).
Highlights
Resumo: O objetivo deste artigo é evidenciar a dimensão social e analisar as características socioeconômicas e produtivas dos agricultores familiares pobres, classificados, segundo as regras do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, como Grupo B, no Estado do Rio Grande do Sul - RS
Essa forma específica de produção está presente em todo o país, mas é na Região Sul que, historicamente, apresenta os melhores indicadores de produção e produtividade
Como acontece no contexto brasileiro, no interior desse segmento há uma “franja periférica”, denominada por alguns de “setor de subsistência”, que ainda é pouco conhecida do ponto de vista de sua heterogeneidade social (FAO/INCRA, 1995; DELGADO, 2005; GRANDO, 2011; WANDERLEY, 2014)
Summary
Sergio Schneider Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Porto Alegre – RS – Brasil. Resumo: O objetivo deste artigo é evidenciar a dimensão social e analisar as características socioeconômicas e produtivas dos agricultores familiares pobres, classificados, segundo as regras do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, como Grupo B, no Estado do Rio Grande do Sul - RS. A pesquisa mostra que os estabelecimentos agropecuários de baixa renda, enquadráveis no Grupo B do PRONAF, estavam presentes em todas as microrregiões do RS, chegando a englobar metade dos agricultores familiares em algumas áreas do estado e, aproximadamente, 30% do segmento no ano de 2006. Os resultados da investigação também apontam para a grande vulnerabilidade social desses produtores gaúchos em várias dimensões dos seus meios de vida (dotações de capital natural, físico, humano, social e financeiro), demonstrando que há necessidade de melhorias quantitativas e qualitativas em sua plataforma de ativos (acesso a terra, água, financiamentos e tecnologias), bem como em suas capacitações básicas (educação formal e nível de organização social).
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