Abstract

O livro autobiográfico Minha formação, de Joaquim Nabuco, contém um dos mais expressivos relatos sobre o processo de formação de um membro da elite política e intelectual brasileira no século XIX. Este artigo faz uma leitura do livro buscando estabelecer os elementos significativos do próprio conceito de formação utilizado por Nabuco. Observa-se que Nabuco trabalha com uma dualidade entre a formação propriamente dita, processo de seleção e aprendizado dos valores civilizacionais europeus e norte-americanos dados como universais, e o que se chama aqui de romance de formação, a inescapável herança afetiva deixada pelo passado escravocrata. O artigo explora ainda o lugar concedido à literatura como eixo cimentador do processo formativo do membro da elite brasileira.

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