Abstract

A escola de psicanálise: o lugar para a verdade da experiência da transmissão. Toda a dificuldade deste tipo de experiência reside na irredutível singularidade do ato que se opõe necessariamente à verdade geral, universal. Dizemos que a transmissão não pode ser entendida na escola de psicanálise senão ao modo de uma verdade no um a um. Isto é, se a dimensão do real se opõe à toda veleidade de universalização. Aliás, a noção mesma de escola em psicanálise coloca uma questão delicada. Com efeito, considerar uma escola seria ter resolvido antecipadamente um a priori de elementos constitutivos de uma transmissão que asseguraria a realização desta transmissão de modo universal para todos. Ora, a dimensão de perda e de incerteza daquilo que se transmite no um a um não permite postular a noção de escola senão no só-depois daquilo que se pôde ou não fazer transmissão para um sujeito dado. Pretendemos neste texto tentar articular essas dimensões de modo a interrogar os termos de escola e de transmissão face a um verdade que não pode ser postulada como toda.

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