Abstract

Resumo O objetivo deste trabalho consiste em relacionar a concepção de sociologia como arma de libertação, desenvolvida entre acadêmicos(as) norte-americanos(as) da Escola de Atlanta, no início do século XX, e a concepção da sociologia como saber de salvação que emergiu entre os intelectuais do Teatro Experimental do Negro (TEN), especificamente entre 1948 e 1955. A metodologia consiste na reconstrução histórica dos contextos e teorias acima mencionados, cotejando os aspectos semelhantes e as diferenças de apropriação da sociologia pelas comunidades de intelectuais racializados nos Estados Unidos e no Brasil. Indicamos como a Escola de Atlanta (1897-1910) usou a Sociologia para demonstrar que as desigualdades eram resultado de mecanismos sociais e econômicos, e não de uma pretensa inferioridade atávica. Já o TEN recorreu à Sociologia primeiramente como meio de construção de um projeto de integração social da população negra, depois como ferramenta de desmascaramento das ideologias produzidas pelas Ciências Sociais. Assim, por um lado, as duas instituições trabalharam contra a dominação e a exploração feitas a partir da fixação de categorias raciais; e, por outro lado, construíram novas formas de racionalidade orientadas por propósitos emancipadores.

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