Abstract

Durante muito tempo o conceito de narratividade esteve no pináculo da teoria semiótica erigida por Algirdas Julien Greimas. No entanto, com a incorporação de novas problemáticas e, principalmente, sob a alegação de que a esquematização narrativa não daria conta de uma descrição exaustiva e mais adequada às singularidades dos conjuntos significantes não verbais, das práticas e das interações mais próximas do vivido, o sistema da narratividade foi paulatinamente deixando de ser uma preocupação teórica para os semioticistas. Com o propósito de prestar uma homenagem ao mestre lituano, este artigo se volta para a presença da narratividade nos desenvolvimentos da semiótica atual. Os objetivos são destacar a centralidade desse conceito dentro do modelo teórico de Greimas, examinar os desdobramentos da passagem de uma narratividade stricto sensu para uma narratividade lato sensu e, sobretudo, ressaltar seu alcance teórico, para além de sua função como ferramenta de análise circunscrita ao percurso gerativo do sentido ou como conceito emblemático da semiótica dita clássica. Assume-se, ao final, a narratividade como metaesquema, como um dispositivo de transposição do sentido, que pode ser mobilizado em diferentes níveis, dependendo da visada teórica ou analítica do semioticista, nos vários modelos da semiótica herdeira de Greimas.

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