Abstract

O objetivo do presente artigo é esboçar, a partir da interpretação das obras “Zeit-Zeugen”. Inhaftiert in Berlin-Hohenschönhausen (1996), organizada por Gabriele Camphausen, Folterzelle 36 Berlin-Pankow. Erlebnisbericht einer Stasihaft (1993), de Timo Zilli, Ein guter Kampf. Fakten, Daten, Erinnerungen 1945-1954 (1998) do político Ewald Ernst, Die Stasi war mein Eckermann: oder mein Leben mit der Wanze (1991), do escritor Erich Loest, e Geboren am 13. August. Der Sozialismus und ich (2004), do jornalista Jens Bisky, um breve estudo sobre as diversas formas e fases da violência enquanto instrumento de poder, praticada pelo Estado do SED na República Democrática Alemã nos 40 anos de sua existência, e discutir especialmente alguns aspectos teóricos sobre o conceito de “literatura de testemunho”. Os cinco relatos analisados, de caráter memorialista e autobiográfico, se pautam por um tom decididamente crítico frente aos desmandos num Estado totalitário. “Transpor muros” nos 20 anos após a Queda do Muro de Berlim, desse ponto de vista, implica um olhar memorialista de denúncia contra o esquecimento frente a um passado traumático.

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