Abstract
Uma miríade de novas teorias constitucionais converge em atribuir um papel emergente para as formas de regulação social não submetidas aos sistemas políticos e autoridades dos Estados nacionais. Diversas abordagens tentam entender a diversidade e a multiplicidade de camadas, níveis e atores que constituem a constelação pós-nacional das estruturas regulatórias. Uma das propostas teóricas mais proeminentes é a ideia de um constitucionalismo pluralista transnacional de Gunther Teubner. Este artigo apresenta a proposta de Teubner e propõe uma crítica do conceito de constitucionalização para além do Estado. Ao final, o artigo argumenta que, embora a abordagem pluralista de Teubner ofereça uma descrição interessante sobre as relações entre poder e direito no nível transnacional, há limites funcionais à sua pretensão de que essas constituições sejam equivalentes e funcionais das constituições políticas.
Highlights
Resumo: Uma miríade de novas teorias constitucionais converge em atribuir um papel emergente para as formas de regulação social não submetidas aos sistemas políticos e autoridades dos Estados nacionais
There are structural functional differences that rely on their high specialization and which have consequences for their mechanisms of “political inclusion”
One further problem concerns the fact that transnational governance regimes have different relative capacities of social reproduction and enforcement of their regulations (NEVES, 2009)
Summary
There is an evident paradigmatic shift in contemporary constitutional theory. The proliferation of transnational – and global1 – legal regimes beyond the territorial boundaries of national constitutional frames has already shaped a new legal and political theoretical vocabulary that acknowledges the evolving dynamics of normative orders beyond the state (KENNEDY, 2009; KJAER, 2014; NEVES, 2013; PREUSS, 2010; SAND, 2013; SHAFFER, 2016; TEUBNER, 2012; WALKER, 2008). Different authors, in the legal field and beyond, have been trying to make use of constitutional language to describe new forms of ruling (BLACK, 1996; FISCHER-LESCANO, 2007; HOLMES, 2013; KJAER, 2014; MÖLLER, 2015; NEVES, 2013; PRIEN, 2010; RENNER, 2011; TRACHTMAN, 2006; WAI, 2005; WALKER, 2002) Some of these theories claim that evolving regimes of global and transnational governance may develop social structures that resemble the constitutional structures of modern democratic arrangements based on public law (RENNER, 2011; TEUBNER, 2004; WILLKE, 2003).
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