Abstract
O presente artigo analisa a relação entre o trabalho feminino e a produção do espaço a partir da realidade brasileira atual. O objetivo é demonstrar como o trabalho feminino se insere na estrutura desigual e hierárquica do metabolismo social do capital (Mészáros, 2011), este que em última instância determina as formas gerais de produção e reprodução do espaço, como nos termos de Lefebvre (2006). As referências de Safiotti (1973) e Schols (1992) contribuem para a análise dos dados oficiais mais recentes (IBGE, 2022; IPEA, 2022) e demais publicações científicas/acadêmicas que ilustram a condição subsumida do trabalho feminino e da mulher no Brasil. Tal procedimento metodológico que relaciona realidade prática e reflexão teórica, permite considerar o espaço como a manifestação objetiva da estrutura desigual do trabalho que insere as mulheres em seu processo produtivo de forma subordinada, via normatização e normalização da natureza patriarcal da reprodução social.
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