Abstract

Diferentes fatores de risco psicossociais antecedem o estresse no trabalho e comprometem a saúde dos trabalhadores. Esta pesquisa identificou características do trabalho de docentes do ensino superior brasileiros na pandemia de Covid-19, capazes de influenciar no desenvolvimento do estresse. Realizou-se uma pesquisa quantitativa com 203 docentes de instituições públicas e privadas de diferentes estados do Brasil. Aplicou-se um questionário de dados socioprofissionais e a Job Stress Scale (versão adaptada ao português). Aspectos do trabalho dos participantes se destacaram, como exigência de trabalhar intensamente, com rapidez, necessidade de uso de habilidades e conhecimentos específicos para o desenvolvimento de suas tarefas. Os participantes possuem percepção de alta demanda de trabalho (60%), alto controle e autonomia em suas tarefas (64%) e alto apoio social (53%). Houve percepção de aumento da carga de trabalho durante a pandemia (68%). A análise possibilitou incluir 39% da amostra no quadrante ativo do modelo teórico utilizado. O trabalho ativo pode ser indicativo de que, apesar das características e demandas do trabalho docente na pandemia, o alto controle sobre suas atividades laborais, aliado ao apoio social podem atenuar fatores que levam ao estresse no trabalho. Os achados desta pesquisa permitem refletir e subsidiar práticas que proporcionem saúde aos docentes.

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