Abstract
Em 1902, o jornalista Euclides da Cunha publicou a obra Os Sertões que, além de iniciar o Pré-Modernismo brasileiro, colocou em evidência o sertão baiano, a partir da retratação da Guerra de Canudos. Este trabalho volta-se ao capítulo “A Terra” do livro euclidiano, com o objetivo de analisar, à luz do método de análise do discurso e da perspectiva ecocrítica - que concerne às imbricações entre a literatura e a ecologia -, a visão que o autor traça entre os sertanejos e o sertão, bem como o seu próprio sentimento com relação a esse espaço, tendo em vista os conceitos de topofobia – aversão ao ambiente físico - e topofilia – familiaridade ou apego, propostos pelo geógrafo chinês Yi-Fu Tuan e referentes à geografia humanista. Assim, os discursos presentes na narrativa demonstram a predominância do sentimento de aversão e horror à Caatinga no que diz respeito à subjetividade do escritor e o oikos referenciado por ele.
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