Abstract

Resumo Discute-se neste artigo de que forma a libertação do então ex-presidente Lula, em 2019, constitui-se como acontecimento discursivo. Para tanto, ancoramo-nos no aporte teórico-metodológico da Análise de Discurso francesa de orientação pecheuxtiana, mobilizando alguns dos dispositivos que compõem essa perspectiva: condições de produção, memória discursiva, formação discursiva, formação ideológica e posição-sujeito. Analisa-se, assim, o modo como esse acontecimento histórico é discursivizado e produz efeitos de sentido, levando-se em conta possíveis elaborações parafrásticas e polissêmicas do enunciado “Lula Livre”. Considerando-se os diferentes modos de significação desse acontecimento/enunciado, dada a posição-sujeito que o enuncia ou que por ele é interpelada, aponta-se como o dizível é “regulado” pelas condições ideológicas de produção do discurso.

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