Abstract

Resumo Este artigo, resultado de uma pesquisa qualitativa, tem como objeto passagens de um romance literário - O tribunal da quinta-feira - que envolvem as reações de personagens sobre questões relacionadas ao hiv e à aids. O objetivo é investigar se essas passagens mantêm o senso de naturalização de pessoas que vivem com hiv, associadas a relações ideológicas e de poder, ou se contribuem para uma mudança discursiva a fim de erradicar o estigma que desencadeia a discriminação e o preconceito. O estudo se baseia na abordagem teórico-analítica da Análise Crítica do Discurso, assim como nos conceitos de biopolítica e necropolítica. Os resultados depreendidos com os três primeiros personagens analisados sinalizam a reprodução de discursos violentos, em que pessoas que vivem com hiv são ‘deixadas - e feitas - para morrer’. Já com o narrador-personagem (que é um dos protagonistas), percebemos o contrário - discursos de resistência com relação aos discursos violentos.

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