Abstract

RESUMO O colonialismo português em Moçambique caracterizou-se pela exploração dos moçambicanos, aos quais eram negados os direitos civis e políticos, e dos recursos naturais do país. Quando Caetano se tornou Presidente do Governo de Portugal e do Ultramar, em 1968, introduziu algumas mudanças cosméticas, a exemplo da criação do jornal Ressurgimento, no qual os presos eram obrigados a professar arrependimento e patriotismo. Escrita por presos políticos, a folha visava chegar à população moçambicana dos distritos mais afetados pela “subversão”, à opinião pública estrangeira, em particular dos países que rodeavam Moçambique, e finalmente à sede da FRELIMO em Dar es Salaam. Este estudo visa analisar o conteúdo do jornal, considerando-o enquanto documento histórico e instrumento de propaganda do sistema colonial, bem como averiguar o seu papel de documento, que se abre a uma multiplicidade de leituras que podem ultrapassar o contexto colonial.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call