Abstract

As tensões entre “grande arte” e “cultura menor” ou entre produção visual e envolvimento político compuseram grande parte do tecido cultural dos anos 1960, anos marcados pelo crescimento da indústria cultural e radicalização política em várias partes do globo . . Nesse contexto, o caso de Copi é fundamental por sua atuação múltipla, que fluiu pela narrativa, dramaturgia e humor gráfico. Residente em Paris desde 1962, Copi (1939-1987) criou para o semanário Le Nouvel Observateur a personagem que o tornou conhecido em França, A Mulher Sentada. Concebidas para o grande público da imprensa modernizada dos anos 1960, suas tiras questionavam – a partir de um nonsense corrosivo – os setores médios que se expandiam nos dois lados do Oceano Atlântico. Este artigo trata justamente desse tipo de oscilação geográfica e linguística mediada pela estrangeiridade de Copi. Sem ignorar as especificidades do humor gráfico, mas também fenômenos culturais mais amplos dos anos 60, como a internacionalização da cultura urbana e a indefinição dos limites do campo artístico.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call