Abstract

Este artigo apresenta uma interpretação sobre o ser-para-outro na ontologia fenomenológica de Sartre. A partir de uma análise contextual da fenomenologia do olhar em O ser e o nada, formula-se o problema acerca do ser-para-outro como terceira ek-stase. Se admitirmos que o ser-para-outro decorre de um aprofundamento da segunda ek-stase (a reflexão) e que, por isso, é sempre condicionado por esta, corremos o risco de cair na ilusão de primazia do ser-para-si. Em oposição a esta interpretação, apresenta-se a hipótese de que o ser-para-outro possui uma estrutura imediata, e não apenas reflexiva, com base em O ser e o nada e, de maneira auxiliar, no Idiota da família.

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