Abstract

Resumo O artigo objetiva reunir evidências sobre a constituição de formas associativas de pertencimento clubístico com a conformação de identidades coletivas de torcer ao redor do futebol profissional do Rio de Janeiro no decurso dos anos 1930 a 1960. Para tanto, mobilizam-se fontes jornalísticas capazes de informar um conjunto de agentes, espaços e acontecimentos que estruturaram a história, a memória e a sociogênese de agrupamentos torcedores na cidade do Rio em meados do século XX. Sustenta-se que o cotidiano de notícias da crônica esportiva, uma vez sistematizadas, ainda que coligidas e expostas de maneira não exaustiva, permite reconstituir aspectos da construção de tal subcampo, nucleado, por sua vez, em torno do profissionalismo futebolístico e dos equipamentos esportivos da então capital da República. Dirigentes de entidades e de clubes, jornalistas, cronistas e chefes de torcidas são partícipes construtores dos sentidos sociais e dos significados culturais associados à performance musical nos estádios dessa forma inusitada de associativismo, surgida na esteira da estruturação de uma cultura de massas urbana, voltada ao lazer e ao entretenimento nas metrópoles, por meio de um calendário desportivo rotinizado. Destarte, o artigo demonstra, em chave diacrônica, o processo de reconhecimento público de determinados atores, egressos das classes populares, e de específicos grupos de torcedores aficionados, legitimados pelos meios de comunicação da época, em conformidade com a afirmação e expansão do futebol no dia a dia da cidade.

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