Abstract
RESUMO O artigo analisa os censos de favelas do Rio de Janeiro e Belo Horizonte, observando a circulação de categorias sociais e técnicas de governo na compreensão da informalidade urbana na industrialização brasileira. Prioriza a compreensão das estatísticas formadas no sistema censitário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 1948 e 1965. As categorias estatísticas para representar as favelas em números estavam inscritas em relações de poder, e através dos censos ocorriam debates sobre as políticas de “desfavelamento” das cidades e a imagem do “trabalhador favelado”. Por meio das estatísticas, a imaginação da favela carioca foi nacionalizada como “problema urbano” e “habitacional” do desenvolvimento urbano-industrial brasileiro.
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