Abstract

A ideologia utópica poderia influenciar a estrutura espacial das cidades a ponto de sobrepor-se aos princípios básicos de auto-organização, que se propunham praticamente universais? Neste artigo, defino o conceito de ideologia utó- pica como uma doutrina imposta por um governo, seja local ou central, e que anseia em alcançar um estado futuro de equilíbrio permanente. Sob minha definição, a teoria do liberalismo econômico é o oposto da ideologia utópica, pois, primeiramente, mercados são criados espontaneamente por indivíduos ou firmas, não podendo ser impostos por governos; e segundo porque o liberalismo econômico implica em ajustes constantes em direção ao estado de equilíbrio impossível de ser previamente conhecido. Os pontos principais desenvolvidos neste artigo são (i) em alguns casos a ideologia pode tornarse a maior determinante da forma urbana, (ii) o resultado espacial de ideologias opostas são constantemente idênticos e (iii) Cidades moldadas por princípios utópicos impõem um custo que afeta negativamente o bem-estar de seus habitantes. Enquanto me concentro em três exemplos extremos de cidades moldadas pela utopia – Brasília, Joanesburgo e Moscou – também apresento que casos de ideologias mais suaves em cidades como Curitiba (Paraná, Brasil) e Portland (Oregon, EUA) têm apresentado um custo menor, mas não insignificante. Concluo que formas suaves de ideologia utópica ainda são comuns para regulamentar o uso da terra, que contribui com ineficiências e perda do bem estar social em muitas cidades modernas.

Highlights

  • A ideologia utópica poderia influenciar a estrutura espacial das cidades a ponto de sobrepor-se aos princípios básicos de auto-organização, que se propunham praticamente universais? Neste artigo, defino o conceito de ideologia utópica como uma doutrina imposta por um governo, seja local ou central, e que anseia em alcançar um estado futuro de equilíbrio permanente

  • The works of Alonso (1964), Muth (1069), and Mills (1972) on density gradients in metropolitan areas are based on the hypothesis of a monocentric city

  • Many have questioned whether the study of density gradients, which measures density variations from a central point located in the CBD, has any relevance in cities where the CBD is the destination of only a small fraction of metropolitan trips

Read more

Summary

Theoretical framework

I will use spatial indicators – density profiles, density gradients and dispersion index – to compare the spatial structure of 3 utopian cities with those of other cities that have been dominantly shaped by markets. These indicators require a central point usually associated with monocentric cities. It could be argued that some of the cities in the sample presented in this paper are polycentric and that the indicators I have selected are inadequate to measure their shape. I will show that indicators based on central points are relevant to both monocentric and polycentric cities

Monocentric and polycentric cities
Methodology
The three utopian cities
Brasilia
Johannesburg
Moscow
The lesser utopian cities
How does the spatial structure of utopian cities compare to others?
Comparative density profile
Average distance per person to the CBD
Comparative dispersion index
Findings
Conclusions
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.