Abstract

Resumo O objetivo deste artigo é apresentar as narrativas da Comunidade Ballroom de São Paulo, para situar como as práticas de prevenção combinada ao HIV se dão em pessoas negras LGBTQIAPN+, identificando como as estratégias se conformam, com que elementos e influências, ausências e restrições. Trata-se de uma pesquisa qualitativa no campo da Saúde Coletiva que utiliza entrevistas semiestruturadas com lideranças dessa comunidade para reconstruir as narrativas sobre HIV, abrindo um arquivo negro sobre prevenção. Tal perspectiva, alinhado ao trabalho de Saidiya Hartman pela perspectiva do pensamento negro radical, debruça-se sobre as histórias que não foram e ainda serão contadas: uma forma de imaginar radicalmente o futuro da negridade. Enquanto força analítica, o arquivo negro da prevenção tem a função de reparação, ampliando narrativas pela ótica racial, ocluindo uma história única da epidemia de HIV/Aids.

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