Abstract

This paper aims to give visibility to the books Tesouro de meninas and Tesouro de meninos, which began to circulate in Portuguese America in the Johannine period. Tesouro de meninas is the Portuguese version of the French original Magasin d’enfants, written by Pauline de Montmorin, known as Madame Leprince Beaumont, who published this work of a pedagogical nature in 1757. It was translated by the Portuguese priest Joaquim Ignácio de Frias in 1774. Tesouro de meninos, in turn, was written by Pierre Blanchard and translated from French by the Portuguese Matheus José da Costa. Although there is no record of the fi rst edition, it is assumed to be from the 18th century. These fi ction narratives arrived in Brazil through wish lists sent from Rio de Janeiro to Portugal’s Royal Censorship. The titles Tesouro de meninas and Tesouro de meninos point to a genre that has been little studied until now, viz. civility books. These works introduced literate people in Portuguese America to sociability codes as sociability networks expanded in the Johannine period.Keywords: reading books, civility, Portuguese America.

Highlights

  • Os estudos sobre a leitura, o livro e o leitor na contemporaneidade aproximaram os pesquisadores na recuperação da história da leitura no Brasil

  • Na perspectiva de conhecer especificamente o que as pessoas letradas no início dos Oitocentos liam, este estudo focaliza os livros de civilidade, gênero dos mais frequentes na América Portuguesa a partir do final do século XVIII, cujo objetivo era introduzir as pessoas letradas às regras do comportamento social

  • De acordo com Chartier (2004, p. 45), durante os séculos XVI a XVIII, as regras da civilidade visaram “submeter as espontaneidades e as desordens, assegurar uma tradução adequada e legível da hierarquia dos estados, desenraizar as violências que dilaceravam o espaço social”

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Summary

Introduction

Os estudos sobre a leitura, o livro e o leitor na contemporaneidade aproximaram os pesquisadores na recuperação da história da leitura no Brasil. A partir do século XV e XVI, na Europa, a divulgação das regras de civilidade, por meio dos livros do gênero da civilidade, a exemplo de Civilidade pueril (1530), de Erasmo de Rotterdam, instituiu um novo modo de viver no mundo, pois, até então, tudo era compartilhado e todos viviam em um mesmo espaço: a divisão da casa, separando o ambiente íntimo do social – quarto e sala, comer com seus próprios talheres e copos, usar guardanapo, falar em tom moderado, escolher as temáticas de conversação, a depender do ambiente em que estavam e das pessoas à sua volta, vestir roupas apropriadas para determinados tipos de eventos, ter gestos contidos, etc.

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