Abstract
O objetivo deste ensaio é apresentar, a partir de uma incursão na literatura, os fundamentos históricos, teóricos e epistemológicos que culminaram na criação da Teoria das Representações Sociais (TRS), em meados da década de 1960, na França, pelo psicólogo romeno Serge Moscovici, buscando estabelecer relações do referido postulado teórico com o campo da Educação. Fundamentamo-nos teoricamente nas produções de Moscovici (2007); Jodelet (2011); Abric (2002); Farr (2013); Arruda (2005); Doise (2002), entre outros pesquisadores, que trouxeram importantes contribuições para as reflexões teóricas tecidas ao longo deste texto. Concluímos as reflexões apostando na importante contribuição da noção de representações sociais como subsídio para a configuração de um novo paradigma educacional que desestabilize as hierarquizações entre o conhecimento historicamente concebido como científico e o conhecimento do senso comum, entre saber popular e o saber erudito. Nesse sentido, apostamos na emergência do delineamento de um novo princípio epistemológico e paradigmático para o campo da Educação, que englobe os diferentes conhecimentos na perspectiva da ecologia de saberes.
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