Abstract
Este artigo procura demonstrar que a intensificação do processo de internacionalização dos mercados - globalização da economia-, conjugada à reestruturação produtiva, isto é, à modernização tecnológica e organizacional das empresas, como condição para a elevação de sua competitividade, desestruturam os mercados de trabalho e tendem a prescrever a negociação permanente como nova orientação política dos sindicatos para a defesa dos interesses dos trabalhadores, seja empresa por empresa, por setor, seja articulada entre governo x sindicato x empresários. Trata-se de uma verdadeira revolução na regulamentação das relações de trabalho, pois o negociado tende a se sobrepor ao legislado sempre que a manutenção dos empregos estiver amea- çada e desde que respeitadas as garantias fundamentais assegu- radas aos trabalhadores pela CLT - Consolidação das Leis Traba- lhistas -, estratégia adotada antes mesmo da reforma trabalhista recentemente aprovada.
Highlights
Resumen Este artículo busca demostrar que la intensificación del proceso de internacionalización de los mercados –globalización de la economía, relacionada a la reestructuración productiva, es decir, a la modernización tecnológica y organizativa de las empresas, como condición para la elevación de su competitividad, desestructuran los mercados de trabajo y, tienden a prescribir la negociación permanente como nueva orientación política de Noêmia Lazzareschi los sindicatos para la defensa de los intereses de los trabajadores, sea empresa por empresa, por sector, sea articulada entre gobierno x sindicato x empresarios
A reestruturação produtiva teve início nas três últimas décadas do século passado com a implementação de uma nova lógica organizacional cujos pilares são as tecnologias de base microeletrônica - tecnologias da informação - e as novas técnicas gerenciais do processo de trabalho - toyotismo
Permitiu o aumento da produtividade do trabalho, inundou os mercados de novos produtos, acirrou a competição internacional, ao mesmo tempo em que provocava a desestruturação dos mercados de trabalho ao dispersar o processo de produção pelo mundo, cujas consequências imediatas se expressaram no aumento do desemprego e do mercado informal de trabalho; no desaparecimento de muitas ocupações e surgimento de outras para as quais se exigem novas competências profissionais; no estabelecimento de novas e precárias relações de trabalho; na redução do poder de barganha dos sindicatos; no aprofundamento da desigualdade entre regiões, países e continentes, dada a desigualdade na apropriação do conhecimento científico e tecnológico
Summary
Resumo: Este artigo procura demonstrar que a intensificação do processo de internacionalização dos mercados - globalização da economia -, conjugada à reestruturação produtiva, isto é, à modernização tecnológica e organizacional das empresas, como condição para a elevação de sua competitividade, desestruturam os mercados de trabalho e tendem a prescrever a negociação permanente como nova orientação política dos sindicatos para a defesa dos interesses dos trabalhadores, seja empresa por empresa, por setor, seja articulada entre governo x sindicato x empresários. Trata-se de uma verdadeira revolução na regulamentação das relações de trabalho, pois o negociado tende a se sobrepor ao legislado sempre que a manutenção dos empregos estiver ameaçada e desde que respeitadas as garantias fundamentais asseguradas aos trabalhadores pela CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas -, estratégia adotada antes mesmo da reforma trabalhista recentemente aprovada. Palavras-chave: Reestruturação produtiva, globalização da economia, movimento sindical, nova orientação política, negociações permanentes
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