Abstract

O texto indaga sobre a presença e o sentido de processos míticos relacionados ao folguedo do boi, em uma abordagem de inspiração estruturalista. A primeira parte trata de desconstruir a difundida idéia de que o folguedo do boi corresponderia, ou teria correspondido em suas supostas origens, à encenação de um auto. Argumento que essa crença é um notável efeito da ilusão do arcaísmo característica dos estudos de folclore. Reformulando o "problema do auto", proponho sua compreensão como um conjunto de narrativas de origem que emerge da bibliografia em meados do século XX. Trata-se de demonstrar a natureza mítica dessas narrativas. As conclusões, seguindo sugestões da análise realizada, buscam situar em nova perspectiva a relação entre mito e rito na brincadeira do boi.

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