Abstract

A tecnologia digital permite que conteúdos e formatos noticiosos audiovisuais sejam acessados por meio de uma variedade de dispositivos e plataformas em telas distintas. A maior participação das audiências é uma das características mais importantes dos processos de produção e consumo de notícias na contemporaneidade, o que nem sempre gera representações dos acontecimentos mais diversas. Mas os telejornais ainda exercem uma centralidade nos discursos midiáticos. Este artigo busca identificar as interações entre a televisão e a Internet no ambiente midiático onde o Jornal Nacional está inserido, verificar as atuais caracteríticas de linguagem das narrativas jornalísticas audiovisuais e compreender como as relações com os públicos são estabelecidas na experiência da cultura participativa incrementada pela convergência, a partir da análise televisual da cobertura dos Protestos de Junho do noticiário de maior audiência do país. É amparado nas contribuições das teorias da comunicação e dos estudos de jornalismo e de recepção.

Highlights

  • 14 O alcance das mensagens publicadas no Facebook pode ser medido da mesma maneira que no Twitter, por meio de uma comparação entre o número de curtidas ou de pessoas que recebem as postagens dos internautas e os pontos de audiência do IBOPE do JN na televisão

  • Verifica-se que fora dos canais convencionais das grandes empresas as audiências tendem a romper a formatação e a hierarquização dos conteúdos audiovisuais noticiosos dos canais convencionais por meio da produção descentralizada de outras narrativas, como a produção digital do movimento Ninja sobre os Protestos de junho, que chegou a alcançar picos de audiência de 120 mil espectadores, correspondentes a 1,2 pontos do Ibope (LORENZOTTI, 2013), ainda que esse número seja pouco expressivo se comparado aos oito milhões de telespectadores que assistiram ao JN no período estudado

  • Mídia e Jornalismo como formas de conhecimento: uma metodologia para leitura crítica das narrativas jornalísticas audiovisuais

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Summary

Introdução

A atual fase da televisão é marcada por um novo tipo de consumo televisivo, caracterizado por uma recepção fragmentada, na qual os telespectadores/ usuários assistem a um programa diferente em cada tela na mesma hora com possibilidade de comporem suas próprias grades de programação (MACHADO, 2011; SCOLARI, 2009; VILCHES, 2009). O ciclo de realimentação de vídeos entre a televisão e a internet na construção de notícias corresponde a uma das características mais inovadoras dos acontecimentos midiáticos. Na grade de programação das emissoras de ambos os meios, nomeados como práticas de de televisão aberta os telejornais ocupam lugares jornalismo audiovisual (BECKER, 2009). Registros de fatos que ocorrem anúncio de 30” no JN no horário nobre na maior fora dos canais de televisão convencionais via emissora de televisão aberta do Brasil, a Rede internet em streaming – uma forma de distribuição Globo, os anunciantes precisam desembolsar R$. Recursos no mesmo período. esse contexto, os clássico dos processos de comunicação baseados telejornais ainda configuram-se como os produtos na tríade formada pelo emissor, a mensagem e o de informação de maior impacto na sociedade e receptor para a expressão das referências teóricas exercem uma centralidade nos discursos midiáticos deste trabalho.

Audiências e teorias da comunicação
Considerações finais
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