Abstract
Neste trabalho apresento dados etnográficos sobre a tavyva, a casa comunal do povo Asurini do Xingu, mostrando que esta estrutura arquitetônica agrega múltiplos significados (social, ideológico, territorial, histórico e memorial), é um espaço de vivência (público e doméstico) de pessoas relacionadas socialmente, e se constitui a partir de tecnologias perecíveis. Este trabalho tem o objetivo, por um lado, de mostrar a potência agentiva e significativa de uma materialidade específica e, por outro, trazer dados que possam contribuir para o aprimoramento das reflexões teóricas e dos métodos investigativos (etno)arqueológicos sobre as casas e o universo doméstico das populações indígenas e, mais especificamente, daquelas da região amazônica.
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