Abstract

Historicamente, mulheres negras experimentam múltiplas adversidades devido ao racismo e sexismo que refletem no seu campo afetivo. Para a sociedade, ser negra significa ser tomada, ser subjugada e sofrer violência. Entretanto, poucos são os estudos que abordam racismo, gênero e afetividade. O objetivo desta pesquisa foi compreender as implicações de ser mulher negra no campo afetivo. Como metodologia, adotou-se a pesquisa qualitativa construcionista social, que utiliza o Mapa de Associações de Ideias para a análise dos discursos de cinco mulheres autodeclaradas negras. Os resultados sugerem que a estética e mulheres negras são espaços em que o preconceito racial se retroalimenta, no campo afetivo. Quanto mais melanina, menos amor, mais humilhação e solidão. Os resultados foram apresentados em quatro temáticas juntamente com os discursos das participantes. Portanto, conclui-se que, quanto mais características africanas, menos amor e mais solidão afetiva. Contudo, as situações relatadas também sugerem a possibilidade de reversão desse processo com o aquilombamento, uma forma de resistência e possibilidade de novas formas de suporte entre as mulheres negras.

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