Abstract

Este trabalho enfoca construções condicionais do português brasileiro, sob a perspectiva teórica da Linguística Cognitiva. A investigação tem como base a Teoria dos Espaços Mentais (FAUCONNIER, 1994, 1997; FAUCONNIER; SWEETSER, 1996), a partir de estudos sobre relações causais entre espaços condicionais (SWEETSER, 1990; DANCYGIER, 1998; DANCYGIER; SWEETSER, 2005), de contribuições recentes sobre subjetividade e intersubjetividade (LANGACKER, 1990; TRAUGOTT; DASHER, 2005; VERHAGEN, 2005) e seus desdobramentos em termos da noção de Base Comunicativa (SANDERS, J.; SANDERS, T.; SWEETSER, 2009; FERRARI; SWEETSER, 2012). A partir de corpora escritos formados por textos jornalísticos e literários, a pesquisa enfoca condicionais que admitem alternância entre futuro do subjuntivo e presente do indicativo, na prótase, e entre futuro do indicativo e presente do indicativo, na apódose. As condicionais foram classificadas em quatro grupos, identificados a partir das relações entre seleções modo-temporais específicas e motivações cognitivas. A principal contribuição do trabalho consiste na utilização do modelo dos espaços mentais para propor um tratamento unificado das alternâncias modo-temporais nas condicionais investigadas, em que se evidenciam diferentes graus de sinalização da perspectiva (inter)subjetiva do falante.

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