Abstract

A caminhabilidade emerge como uma diretriz de planejamento urbano que incentiva a caminhada, considerada como o meio de transporte mais saudável e sustentável. A conectividade viária, essencial para espaços caminháveis, geralmente é medida por meio da densidade de intersecções (DI). Por outro lado, Integração é entendida como uma medida mais complexa de conectividade. No Brasil, nenhum estudo foi identificado que considere essas variáveis em termos de caminhabilidade ou moderação de variáveis sociodemográficas. O objetivo desta pesquisa é analisar a influência dessas medidas de conectividade na caminhada, considerando covariáveis sociodemográficas em uma regressão logística múltipla. Foi realizado um estudo de caso em Londrina-PR, utilizando dados de origem-destino de viagens (n =19323) e características sociodemográficas. A Integração foi calculada para cada segmento de via em um raio de 1200 m. A DI foi calculada por zona, considerando a quantidade de intersecções e a área da zona. Um modelo de regressão logística múltipla foi ajustado, contendo covariáveis significativas. As Razões de Chance foram analisadas em relação às suas implicações teóricas. Os resultados indicam que os moradores de áreas altamente conectadas andaram mais. Ambas as medidas de conectividade foram significativas. Isso sugere que, embora relacionadas, elas podem capturar diferentes aspectos da rede de ruas. Este estudo contribui com evidências para o contexto brasileiro sobre conectividade considerando o prisma da caminhabilidade. Por meio do empirismo, será possível subsidiar políticas públicas e planejamento urbano na criação de espaços caminháveis.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call