Abstract

The characteristics of social security benefits changed over time as a function of modifications in the patterns of work organization. This process gave rise to new social vulnerabilities which include aspects visibly related to occupational health, as is the case of mental and behavioral disorders. To describe temporary social security benefits granted by the National Social Security Institute (INSS) to workers with mental and behavioral disorders in Piaui, Brazil, in 2014. Cross-sectional, descriptive and retrospective study based on INSS data collected in November 2015 relative to 2014. 1,473 benefits were granted along the analyzed period, 50.4% of which corresponded to male workers. Most beneficiaries resided in the state capital and had urban jobs. Mood disorders accounted for 47.7% of sick leaves. The mean duration of benefits was 112.6 days. There was significant difference in the duration of benefits according to their type (p<0.012), urban versus rural jobs (p<0.015) and sex (p=0.010). Mood disorders were the most frequent reason for sick leaves due to mental and behavioral disorders and the affected workers were granted social security benefits. The duration of leaves significantly differed as a function of the type of benefits, urban versus rural jobs and sex.

Highlights

  • Disto resulta um agravamento das patologias mentais decorrentes do trabalho em crescimento em todo o mundo ocidental, o surgimento de novas patologias, em particular os suicídios nos próprios locais de trabalho – o que não acontecia jamais antes da virada neoliberal, e o desenvolvimento da violência no trabalho, a agravação das patologias da sobrecarga, a explosão da patologia do assédio (Dejours, 2004b, p. 28)

  • As pesquisas que entendem esgotamento profissional como uma entidade nosográfica acabam por superestimar sua incidência e, paradoxalmente, em vez de esclarecer o problema, acabam por obscurecer esse sofrimento social decorrente do trabalho

  • The text argues that social suffering – when manifest in the form of depression – is inherent to the current configuration of the world of work and affects the most diverse professional occupations, all of them marked by dissociation and overwork

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Summary

Luciano Pereira

Por que Gregor Samsa estava condenado a servir numa firma em que à mínima omissão se levantava logo a máxima suspeita? franz kafka, A metamorfose. Não é interesse aqui empreender a crítica a essas teorias, mas chamar a atenção para o que todas elas têm em comum, mesmo na heterogeneidade do conjunto: a ausência do trabalho. Encontramos nas explicações da “epidemia depressiva”, ela também simbólica, mais um dos sintomas das derrotas até então vividas pelas forças do trabalho. O processo saúde-doença não se relaciona com a atividade que nos ocupa na maior parte do tempo da vigília? A grande maioria dos leitores provavelmente responderá de modo a confirmar a importância do trabalho no cotidiano e as suas repercussões em termos de autoestima ou de sofrimento patogênico. Na clínica, na teoria e na política, o sofrimento relacionado com o trabalho foi lançado à invisibilidade. Mas seria o caso de tomar a invisibilidade do sofrimento relativo ao trabalho como parte do problema. Ela mesma precisa ser explicada porque, longe de se restringir a não querer ver, passa a ser parte constituinte do problema

Medicalização da sociedade
Depressão e sociedade
Responsabilidade e desfiliação
Trabalho e subjetividade
Sofrimento e trabalho
Patologias da sobrecarga decorrentes da intensificação do trabalho
Mobilização do afeto e exaustão nas profissões do cuidado
Referências Bibliográficas
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