Abstract
Pensar na sociedade e nos diversos ativos dos quais dispomos e pelos quais nos inserimos nela significa compreender as diversas dimensões que a constituem. Para Pierre Bourdieu, carece entender os vários tipos de capital (recursos, meios e capacidades) que mobilizamos para atender nossas necessidades e que caracterizam quem somos. Ao incluirmos a arquitetura na constituição da sociedade, com base na Teoria da Sintaxe Espacial, defendemos que a forma como nos organizamos – corpos no espaço e no tempo – e a forma como organizamos os lugares constituem uma macroestrutura social, na qual se insere o capital arquitetônico, que é a capacidade do sujeito de mobilizar a arquitetura para seus fins. Esse capital implica possibilidades ou restrições em relação à maneira como estamos nos lugares e nos movemos neles e às condições de visibilidade do outro; ele é composto pelo capital espacial e pelo capital edilício, o primeiro referente aos espaços abertos, de acesso irrestrito, e o segundo, aos espaços fechados, de acesso restrito. Este artigo tem o objetivo de apresentar o arcabouço teórico utilizado para a construção do conceito de capital arquitetônico.
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