Abstract
A Síndrome de Metahemoglobinemia (SM) é um quadro clínico resultante da concentração elevada de metahemoglobina no sangue e que, se não tratada, pode levar ao óbito. A formação de metahemoglobina é um processo metabólico normal ocasionado pela oxidação da hemoglobina (Hb), isto é, transformação do ferro presente, do seu estado ferroso (Fe2+) para o estado férrico (Fe3+), impedindo assim, a ligação do oxigênio à Hb e consequentemente seu transporte pelas hemácias. No entanto, o aumento excessivo de MHb ocasiona alterações respiratórias e hipóxia tecidual pela deficiência de oxigênio circulante. Os felinos são muito suscetíveis a SM, a qual decorre de alterações hereditárias ou de exposição a agentes químicos oxidantes. O objetivo desta revisão foi trazer informações atuais acerca da etiopatogenia, aspectos clínicos e de diagnóstico, além de conduta terapêutica frente à Síndrome de Metemoglobinemia Felina (SMF) provocada por fármacos. Foi realizada uma revisão de literatura com base nos últimos 10 anos de publicações sobre o tema, mas considerando os primeiros e clássicos relatos. O paracetamol foi o principal fármaco citado na literatura como agente químico etiológico; o diagnóstico presuntivo de SMF é considerado quando o paciente veterinário apresentar cianose e baixa saturação de oxigênio, confirmada pela co-oximetria de Tpulso e na ausência de doença cardiopulmonar; a investigação inicial como o spot teste e exames complementares podem auxiliar no diagnóstico; o tratamento básico da SMF consiste remoção precoce do agente causador, o uso de antídotos, oxigenioterapia e no controle dos sinais clínicos.
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