Abstract

Os empreendimentos intelectuais de Hegel e Marx continuam relevantes para um exame do mundo contemporâneo. Ambos os autores analisaram, ainda que a partir de diferentes abordagens, elementos importantes das sociedades capitalistas modernas. Traçar as conexões precisas entre os dois pensadores, no entanto, ainda é um desafio—muito embora atualmente seja claro que essas relações não são de idealismo versus materialismo, mas, que envolvem, precisamente, a superação desse dualismo, conforme mostraram as tradições do Marxismo Ocidental e da Teoria Crítica. Em sua versão anglófona, essas investigações cresceram e se expandiram em diferentes tendências, entre essas, notadamente, a Nova Dialética. Este artigo tem como objetivo analisar a teoria hegeliana do silogismo como chave para a leitura de O Capital de Marx, tal como proposto por Tony Smith. Para isso, o artigo procura reconstruir a interpretação que Smith oferece da teoria hegeliana do silogismo e suas aplicações para a Filosofia do Direito de Hegel, bem como para O Capital de Marx. De acordo com Smith, O Capital, a apresentação das articulações dialéticas das categorias da economia política no modo de produção capitalista como ordem social específica, deriva sua capacidade crítica e sua coerência científica precisamente do recurso à teoria do silogismo hegeliana—que permite a Marx analisar os processos do mundo social como entidades orgânicas constituídas pela articulação de momentos de universalidade, particularidade e individualidade. O resultado é uma investigação que busca aproximar a Lógica de Hegel a O Capital.

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