Abstract

No início do século XIX, os Herero, povo situado na África Subsaariana, foram confrontados com o colonialismo europeu. Neste encontro seu sistema religioso de culto aos ancestrais foi duramente combatido pelo luteranismo alemão difundido por missionários e por fiéis recém ingressados no território, responsáveis pelo início de um longo e complicado processo de cristianização. A constante diabolização da tradição herero e seu enfraquecimento iminente resultaram no surgimento de focos de resistência política e cultural. Destes focos nasce a igreja Oruuano, a objetivação da resistência da minoria dominada. Com base em trabalho etnográfico realizado na Namíbia, no vilarejo de Okondjatu, entre o povo herero, pretend discutir alguns aspectos gerais deste movimento A partir de narrativas herero, este artigo procura entender as características sincréticas da igreja Oruuano, bem como alguns aspectos gerais percebidos por seus fiéis que fazem com que ela seja aqui entendida como um movimento de resistência identitária e cultural.

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