Abstract

Abstract: This paper combines Simondon’s philosophy of individuation with some aspects of post-humanist and‘new materialist’ thought, while, at the same time, remaining within the ambit of a more classically ‘historical’characterisation of materialism. Two keywords drawn from Karen Barad and Simondon respectively – ‘ontoepistemology’and ‘axiontology’ – represent the red thread of a narrative that connects the early modern invention of civil science(emblematically represented here by the conceptual couple Descartes-Hobbes) to Wiener’s cybernetic theory ofsociety. The political stakes common to these forms of what I call ‘banal’ materialism, Simondon attacked ontologically,epistemologically and politically. The conceptual tools Simondon’s philosophy of individuation elaborates prove tosupport a ‘non-banal’ materialist critique of the alleged ‘unsocial sociability’ of human nature theorised in modernpolitical theory. A genuine materialist approach, as I will argue, allows us to shift political thinking from politicsconceived as a problem to be solved to politics as an arena of strategic experimentation.

Highlights

  • Neste artigo tenho como objetivo enlaçar a filosofia da individuação de Simondon com alguns aspectos do pós-humanismo e do “novo materialismo”, permanecendo simultaneamente em contato com algumas caracterizações “históricas” do materialismo clássico

  • Isto certamente não é uma afirmação que poderei demonstrar aqui, mas constitui minha aposta de que, à luz da filosofia da individuação de Simondon, seremos capazes de explorar o que o materialismo ainda pode oferecer ao pensamento político, isto, para além de suas versões ineficazes que foram e são parte integral da concepção moderna de política, e, portanto, incapazes para enfrentá-la

  • Acredito que Simondon nos fornece um pensamento materialista repleto de ferramentas para uma crítica à narrativa moderna, no que diz respeito ao problema de uma ‘não-social sociabilidade’ da natureza humana, e, consequentemente, à necessidade de criar e implementar soluções políticas capazes de dar conta desses problemas

Read more

Summary

Introdução

Neste artigo tenho como objetivo enlaçar a filosofia da individuação de Simondon com alguns aspectos do pós-humanismo e do “novo materialismo”, permanecendo simultaneamente em contato com algumas caracterizações “históricas” do materialismo clássico. A decisão metafísica de Descartes por essa separação (cuja base social foi longamente debatida pela tradição marxista) reduz a matéria (toda res extensainclusive o corpo e as paixões humanas) a objeto passivo do conhecimento científico, e, no limite, confina a função da Razão (res cogitans) a uma explicação geométrica a respeito da natureza dos eventos, não deixando espaço para qualquer fundação racional do comportamento ético e político. Desde a perspectiva aberta pela crítica simondoniana, ambas as teorias dos processos (físicos, biológicos, técnicos e psicossociais), de Hobbes e de Wiener, estão embasadas ‘na melhor das ciências disponíveis’ (seja ela a mecânica ou a teoria da informação) e ambos exibem uma analogia de operações: a) suas ontoepistemologias reduzem a matéria-em-movimento [matter-in-motion] e a informação a ‘objetos’ passivos, projetando sobre eles uma matemática determinista com o intuito de encontrar um conhecimento absoluto; b) suas axiontologias prescrevem a paradoxal noção de um poder político cuja ‘valoração’ é neutra e tecnocrática, garantindo assim uma dinâmica estável para o corpo político. Se essa é nossa escolha, devemos nos perguntar como essa se pareceria, e é aqui que a filosofia da individuação de Simondon finalmente entra em cena

Simondon: para além do materialismo vulgar
Texto apresentado durante o COLÓQUIO INTERNACIONAL GILBERT SIMONDON
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call