Abstract

O artigo analisa a representação da primeira mulher protagonista da série Doctor Who, no contexto de caça às bruxas, retratado no episódio The Witchfinders. Ao longo de mais de 50 anos, a série foi marcada por sua longevidade e por diferentes homens representando o papel principal, porém, em 2017, foi anunciada a primeira mulher como The Doctor. Buscamos responder qual a relevância desta mudança: apresentar a primeira protagonista feminina em um episódio histórico com contexto de caça às bruxas. As relações de gênero presentes em The Witchfinders evidenciaram o empenho da série em apresentar histórias de mulheres. Através da análise fílmica, embasada pelos Estudos Culturais e de Gênero, observamos mudanças nas representações femininas, resultando em maior representatividade. Apesar dos avanços, as discussões levantadas e o desfecho da trama se distanciam do tema principal, pois a personagem acaba sendo minimizada e, de certa forma, subjugada em relação à vontade masculina. Refletimos que bruxas e mulheres possuem tratamento similar, seres míticos e incompreendidos, que tiveram suas histórias apagadas, como as alienígenas no episódio. Então, mesmo com algumas rupturas, a série perde a oportunidade de explorar mais a Doutora enquanto mulher em uma narrativa focada na repressão feminina.

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