Abstract

Este artigo trata da viagem como espaço de construção da sexualidade no romance Todos nós adorávamos caubóis (2013), de Carol Bensimon, discutindo o deslocamento como possibilidade de (auto)conhecimento identitário, os conflitos existentes entre o solo gaúcho e as sexualidades ex-cêntricas, bem como a articulação dos papéis de gênero nas atitudes das personagens. Justifica-se a análise da obra por narrar mulheres lésbicas/bissexuais como protagonistas em locais de predominância cultural machista, fundamentando-se em estudos da literatura brasileira contemporânea e na teoria queer, baseando-se principalmente em teóricas como Regina Dalcastagnè (2012; 2015), Judith Butler (2019) e Guacira Lopes Louro (2014; 2018). Entende-se que a viagem é importante para a compreensão das personagens, ao tornar visíveis aspectos não antes percebidos, tanto em relação às suas sexualidades quanto às outras relações sociais. Conclui-se que os espaços, mesmo quando conflituosos, atuam como necessários para a constituição identitária das personagens, e elas também se tornam definitivas para uma possível mutação nos ambientes. Além disso, percebe-se que, mesmo incorporando padrões de gêneros como norteadores identitários, as personagens queerizam os locais percorridos, ultrapassando as fronteiras e colocando-se continuamente em trânsito.

Highlights

  • Este artigo analisa a construção da sexualidade através da viagem nas personagens do romance Todos nós adorávamos caubóis (2013), de Carol Bensimon

  • This paper deals with the journey as a sexuality construction space in the novel Todos nós adorávamos caubóis (2013), by Carol Bensimon, discussing the dislocation as a possibility

  • It is understood that the journey is important for the understanding of the characters, rather than visible aspects not previously perceived, in relation to both their sexualities and other social relationships

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Summary

Introduction

Este artigo analisa a construção da sexualidade através da viagem nas personagens do romance Todos nós adorávamos caubóis (2013), de Carol Bensimon. This paper deals with the journey as a sexuality construction space in the novel Todos nós adorávamos caubóis (2013), by Carol Bensimon, discussing the dislocation as a possibility

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